Pois, eu sei que o Natal já passou... E não, não vou usar o cliché de
dizer que “o natal é quando o Homem
quiser”... Na verdade, a reflexão que segue deriva de uma conversa que tive na
passagem de ano e que me deu vontade de vir aqui e escrever um pouco...
Voltando ao título... Não me recordo sinceramente de alguma vez ter
acreditado no Pai Natal. Na minha casa, tínhamos uma versão mais católica e por
isso consideravam-se as prendas como uma oferta do “Menino Jesus” e não
oferecidas por um homem barbudo vestido de vermelho...
É possível que a certo
ponto até tenha acreditado neste mito natalício – nota mental: perguntar aos
meus pais! – e que agora não me lembre, mas acho pouco provável... É que desde
pequena sempre tive uma mente muito científica, procurando o porquê de tudo o
que acontecia à minha volta. Ora, para já não cabia na cabeça de ninguém que
uma pessoa que não me conhecia, que nem conhecia os meus gostos, me desse um
presente que eu tanto desejava e que o fizesse com todos os meninos e meninas
que eu conhecia... Em segundo lugar, como é que o Pai Natal conseguia
distribuir tanto presente em tão pouco tempo? É que já nem digo em 1 noite,
porque eu via os meus presentes debaixo da árvore uma semana ou mais antes do
Natal, mas vá, em 1 mês...? Então e os Pais Natais todos que eu via nos centros
comerciais? E nem vamos falar da história da chaminé, porque a não ser que ele
conseguisse descer por um exaustor, não o estava a ver a conseguir entrar em
minha casa...
Enfim, quando finalmente percebi o simbolismo da troca de prendas
(derivada da história de S. Nicolau) tudo começou a fazer mais sentido. Porém,
acho que nessa altura decidi fazer um favor a muitos colegas e amigos e não
revelar a mais dura das verdades que existe para uma criança cheia de sonhos ...
Fico a pensar, se algum dia tiver filhos, como vou conseguir fazer com
que eles acreditem numa coisa que eu nunca(?) acreditei... Ou se vou querer
que eles acreditem nisso... Se calhar, faço como o Kevin do “Sozinho em casa” e digo-lhes que Pai
Natal só há um, mas que os outros (homens barbudos e pais babados) trabalham
para ele...
E vocês, quando deixaram de acreditar no Pai Natal?
Espero bem que isso aconteça! *
ResponderEliminarEu nunca acreditei para ser honesto, talvez quando era pequeno, mas deixei de acreditar desde muito cedo, muito por culpa da Coca-Cola :b *