3 de outubro de 2014

Cenas da vida de uma lojista #2

Tema do dia: pessoas que acham que vestem o 30 mas que na verdade vestem o 38. Sim, vou pôr o dedo na ferida e falar da relação que as pessoas, principalmente as mulheres, têm com o número que vestem.

É certo que o número da roupa que se usa pode variar de marca para marca ou até de modelo para modelo, mas quando a diferença entre o real e o imaginário são 8 tamanhos, a situação torna-se embaraçosa.

E quando eu digo embaraçosa, não estou a referir-me ao facto de certos clientes usarem números grandes! Cada um vive com o que tem e não tem de se envergonhar com isso. Estou a falar daquelas pessoas que, literalmente, se espremem para caberem num tamanho inferior por terem medo do estigma do "número grande"; daquelas que nós vemos perfeitamente que vestem no mínimo o 34 mas que insistem que vão caber num 30 porque "perderam uns quilinhos".

Deixem-se de dramas e assumam o que são! Eu dou mais valor a um cliente que me diga sem rodeios que é um 38 do que um que me obrigue a ir buscar 5 tamanhos diferentes até chegar ao certo...

18 de setembro de 2014

Um por todos e todos por um...?

Vocês por acaso já viram os desenhos animados que passam hoje em dia na televisão? Medo...
É que parece que estamos a "estupidificar" as crianças com conversas demasiado infantis e sem qualquer sentido, dando-lhes uma ideia completamente absurda do mundo real!

Eu sou do tempo da Rua Sésamo, um programa com lógica, bem estruturado, com personagens interessantes e histórias educativas. Não uma treta politicamente correcta e sem qualquer consistência!

E, no entanto, hoje em dia em certos países, os episódios do nosso tempo da Rua Sésamo são catalogados como não apropriados para crianças... Sabem o que não é apropriado para as crianças? Coisas que não lhes puxam pela cabeça e não lhes fazem crescer neurónios em vez de espaço vazio...

E não me venham com histórias de que por termos visto desenhos animados demasiado violentos, sofremos um aumento da nossa carga agressiva... Eu vi desde Tom&Jerry, Bip Bip e Looney Tunes até às Tartarugas Ninja, aos Power Rangers e ao Dragon Ball, e nunca me considerei uma pessoa violenta.

Enfim, espero seriamente estar errada, mas que geração é esta que estamos a criar?

PS: Já falei de alguns, mas se quiserem partilhar um desenho animado que vos tenha marcado, força :) eu escolho... Babar!

PS2: Escolhi uma música especial para acompanhar este post... Porquê? Olha, porque sim :)

PS3: Acho que isto começou tudo a ficar estragado com os Teletubbies...

17 de setembro de 2014

É mesmo à portuguesa #5

                                                Do arco da velha
Por volta do século XIX, a expressão "arco da velha" servia para descrever o arco-íris, algo que já não é tão comum nos dias de hoje. Uma das explicações por trás dessa expressão é a de que essa denominação foi criada graças à história bíblica de Noé, quando depois do dilúvio, Deus criou o arco-irís para demonstrar a sua aliança com o ser humano e para dizer que não voltaria a enviar outro dilúvio dessa magnitude. Assim, na expressão "do arco da velha", o termo "velha" representa a velha aliança que Deus formou com o Homem. Por esse motivo o arco-irís também é conhecido como arco-da-aliança.

Uma explicação alternativa para a origem desta expressão é que originalmente ela seria "arca da velha" e não "arco da velha". Isto porque senhoras de certa idade tinham o hábito de guardar coisas incríveis e espantosas nas suas arcas.

11 de setembro de 2014

Cenas da vida de uma lojista #1

(espero que seja uma rúbrica a manter...)

Qual é a cena das pessoas que, ao passarem na entrada de uma loja, fazem disparar o alarme e acham que, por isso, não podem entrar nessa loja?

A sério, não percebo... Estão a entrar, ninguém vai pensar que andaram a roubar, ou coisa que o valha!

E mesmo depois de lhes dizermos "Não tem problema, entre à vontade", as pessoas decidem passar mais dez vezes na porta para ver se são mesmo elas que estão a apitar! Parece que a atenção que receberam no primeiro apito estridente e irritante não foi suficiente...

Ah, e no fim, quando se vão embora, nós já estamos à espera que o alarme dispare, mas mesmo assim, voltamos a ter o vaivém de saídas e entradas... Não chegou a primeira vez?!

1 de setembro de 2014

Porque é que tudo o que é à borla é bom?

Não devo ter sido só eu a reparar, mas corre no sangue dos portugueses uma necessidade insaciável de adquirir produtos ou serviços a custo zero, mesmo que estes sejam completamente inúteis...

É que começa alguém a distribuir brindes no meio da rua e, de repente, temos um flashmob de atropelos e encontrões! É vê-los a esconder os brindes e a dizer "olhe, a mim ainda não me deu nada...", ou a mandar lá o filho/namorado/primo/amigo/etc. pedir mais, ou mesmo a ter a lata de dizer "pode arranjar-me mais um? é para a minha vizinha que não pode andar até aqui..."!

Já para não falar das fantásticas promoções em que, por exemplo, se levar 20 embalagens (em vez das duas que precisa) oferecem-lhe uma  fantástica caixa!... que possivelmente num supermercado deve custar menos de 1euro...

Então e concertos/espectáculos/filmes grátis? É que, de repente, a cultura passa a ser muito mais importante na nossa sociedade...

Já para não falar de locais com wi-fi livre... Parece que, naquele momento, todos têm qualquer coisa para ver na internet!

Enfim, contra mim falo, porque se há coisa que tenho é sangue bem português, e já corri atrás de algumas borlas... mas, a sério, donde vem este nosso hábito tão sem sentido? Alguém me explica?

1 de agosto de 2014

A saga das salsichas continua...

Hoje é um post curtinho...
Lembram-se de eu ter falado sobre a lata de salsichas da Nobre que, em vez de 6, tinha 5 salsichas e meia? (http://tenho1duvida.blogspot.pt/2014/04/anotacao-rapida-3.html) Pois bem, acabei de abrir uma lata de salsichas da Sicasal que, em vez de 8, tinha 9 salsichas... Meus amigos, isto é o Universo a retribuir!
Ah, e já agora: Nobre, já foste...

30 de julho de 2014

Tenho mesmo, mesmo, mesmo de cortar o cabelo? (o antes e o depois)

Pois é, caros leitores, aqui a  je estava na indecisão sobre como resolver um sério problema capilar, que consistia no enfraquecimento da raiz dos cabelos devido ao longo comprimento com que se encontravam... Os meus cabelos estavam a ganhar vida própria: era vê-los espalhados na almofada, na banheira, no chão, na roupa... em todo o lado menos na cabeça!

Dadas as proporções atingidas, decidi quebrar o jejum de 8 anos (durante os quais apenas fui cortando pontas estragadas e acertando o penteado escadeado) e cortar a sério o meu adorado cabelo longo. Não, não ficou curtinho porque quando o tenho acima do nível dos ombros, é impossível de o domar... Mas para mim, foi um duro golpe... de tesoura!

Aqui está o antes e o depois... Ignorem a minha expressão facial, foram momentos tensos vividos naquele cabeleireiro!

À ESQUERDA, O ANTES, com cabelo longo e desalinhado e cara de "Oh meu Deus, será que ainda dá tempo para fugir?"

À DIREITA, O DEPOIS, com cabelo de tamanho médio, arranjadinho e cara de "É agora que eu vou conquistar o mundo!" (ou então não...)

Digam de vossa justiça... não que ainda haja alguma coisa a fazer, não é?


14 de julho de 2014

Ser bom ou ser o melhor?

Sempre achei que era mais importante ter um conhecimento vasto do que ser especialista numa determinada matéria. Apesar de deste modo nunca aprofundarmos suficientemente o nosso conhecimento, acredito que, sabendo um pouco de cada área, valorizamos mais o trabalho de outros e ganhamos uma maior sensibilidade a questões globais. Acredito também que, em certos trabalhos, o conhecimento alargado é mesmo essencial, como é o caso do jornalismo.

Porém,  em outras áreas,  como é a minha área de estudos, os empregadores estão à espera que te especializes num certo tema e que o desenvolvas até à exaustão,  para teres a remota possibilidade de trabalhar com isso. O problema é que, ao te especializares, perdes a visão geral da matéria, bem como a capacidade de solucionares problemas interdisciplinares.

Fico na dúvida então: é preferível ser bom a tudo ou ser o melhor nalguma coisa?

3 de julho de 2014

Porque é que a vida não tem banda sonora?

Sabem aqueles momentos em que ouvem uma música e, de repente, "viajam" para um lugar ou momento especial? Ou então aquelas situações em se lembram de uma música que seria perfeita para representar o vosso estado de espírito?
Pois, nesses momentos, gostava que a minha vida fosse como um filme, com um sonoplasta sempre a postos para embelezar o meu dia com uma música perfeita... Acabavam-se logo os dias monótonos e aborrecidos, para dar lugar a um musical único e imprevisível!

Tenho várias músicas que me acompanham desde há algum tempo, por me fazerem lembrar momentos especiais. E vocês, têm alguma música especial? Partilhem...
Eu vou partilhar esta com vocês...



22 de junho de 2014

Se fosses uma parte do corpo, qual serias?

Para quem não sabe, eu sou católica. Mas não,  não é sobre isso especificamente que venho escrever hoje, isto era só para contextualizar a cena seguinte.
Estava eu na missa a ouvir o Padre a falar sobre uma passagem da Bíblia em que a Igreja é comparada a um corpo, pois possui vários membros com diferentes funções, nenhuma mais importante que a outra, quando me pus a pensar... Que parte do corpo sou eu para o mundo, neste momento?

Ora, como seria de esperar, aqui a idiota (leia-se: pessoa com muitas ideias) da Joana lembrou-se logo de uma parte do corpo que encaixa mesmo bem no seu perfil socioeconómicocultural. Eu sou... rufem os tambores...

... o apêndice!

Vejam bem: não trabalho, não sei qual é a razão da minha existência,  com as minhas variadas maleitas só dou é lucro a médicos e prejuízo ao meu bolso, sinto que não me encaixo no corpo (isto é,  na sociedade actual) e, ao contrário de outros membros/órgãos que andam aos pares, eu não creio que exista outra entidade igual a mim...
Podem já parar de pensar que estou a entrar em depressão ou coisa do género. Ao contrário de outros membros, eu sou optimista, não vou achar que é o fim do mundo por ser um órgão acessório... Até porque, sendo o apêndice um órgão vestigial, serve para mostrar que já houve tempos em que eu servia para alguma coisa importante...

21 de junho de 2014

Anotação rápida #4

Hoje estou com a sensação que é domingo... Porquê? Porque desde meio de Fevereiro tenho estado a tirar um curso ao sábado, mas o curso terminou na semana passada,  logo hoje estou em casa...

Já vos aconteceu, nas férias, feriados ou folgas perderem a noção de que dia da semana é? A mim acontece-me muito nos dias a seguir a feriados...

O que é certo é que apesar de não estar a trabalhar, durante a semana tenho arranjado sempre coisas para fazer (quanto mais não seja procurar emprego), mas já não estou habituada a programar coisas para um sábado... Por isso cá estou, sem nada para fazer, sem sítio para ir, tão aborrecida que até me deu para vir para aqui escrever...


16 de junho de 2014

Mundial e FIFA: os dois lados da moeda...

Bem, parece que não vou conseguir fugir ao tema mais falado do momento... pois, estou a falar do Mundial.

Ora, andava eu a vaguear pela internet quando descobri um vídeo de um talk-show americano apresentado por um comediante britânico, que falava sobre a FIFA e o Mundial de Futebol 2014.

Fiquei a saber algumas coisas que me deixaram estupefacta e, por isso, achei que deveria partilhar com vocês.
 
No vídeo, o apresentador fala de como o Mundial o deixa com uma mistura de sentimentos, pois apesar de todos os problemas envolvendo a FIFA e o campeonato do mundo, ele não deixa de ansiar por esta competição...

Só tem um problema: o vídeo está em inglês e não tem legendas, por isso se não perceberem muito bem peçam ajuda aos amigos/colegas/afins...



20 de maio de 2014

Químico vs. Natural - A visão de uma entendida (espero eu...)

 Se há momento que me irrrrrrrita (sim, irrita-me mesmo, com estes erres todos) é quando as pessoas dizem coisas deste género:
“Ah, e tal, este produto é muito bom porque não tem químicos!”

O quê?! Não tem químicos? Então é feito de quê? De vácuo?! De ar não pode ser, porque até o ar tem químicos... não sabiam? Então, se calhar, o vosso problema é a definição de químicos...

O açúcar é um químico, o sal é um químico, até a água é um químico (ou uma mistura deles)...



Vamos lá tirar a carga negativa a esta palavra, porque ela não merece... Querem falar de compostos preparados em laboratório e não sabem como? Chamem-lhes compostos sintéticos ou artificiais, ou até compostos preparados quimicamente, mas por favor não lhes chamem químicos.

Ah, e outra coisa: lá porque um composto é de origem natural, não implica necessariamente que seja benéfico... Muitos dos antibióticos usados actualmente, sendo produtos químicos sintetizados em laboratório, são cópias de compostos existentes na natureza, e por isso, podem considerar-se de origem natural... e, no entanto, todos sabemos o que o uso excessivo de antibióticos pode provocar no nosso organismo...

Pensem nisso...

quí·mi·co

adjectivo
1. Da química ou a ela relativo.

2. Preparado quimicamente.

substantivo masculino
3. Aquele que é versado em química.

"químico", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, http://www.priberam.pt/dlpo/qu%C3%ADmico [consultado em 20-05-2014].

29 de abril de 2014

Vamos falar de recordes...

Alguém me sabe explicar a fixação que o povo português tem por estabelecer recordes? Será esta uma necessidade de afirmação? Será um complexo de inferioridade? A sério, não compreendo o porquê deste desejo de ser "o mais", "o maior", em coisas tão ridículas como o tamanho de um castelo insuflável ou o número de colorações de cabelo em 24 horas.

E depois, há aquele interesse desesperado em bater recordes gastronómicos. Só para ficarem com uma ideia, temos:
 - etc...

Claro que, depois de uma boa refeição, tínhamos de criar um recorde para o maior Caixote do Lixo do Mundo no maior Picnic do Mundo e para o maior número de pratos lavados com 1 litro de detergente...

Sabem quais são outros recordes que somos mesmo bons a bater em Portugal? O aumento da taxa de desemprego... o prejuízo dos bancos portugueses... o crescimento da taxa de emigração... e mais não digo...

PS: acho que bati o meu recorde pessoal de número de hiperligações num post deste blog...

8 de abril de 2014

Anotação rápida #3

Não imaginam o que acabou de me acontecer... Estava eu a abrir uma lata de salsichas para o jantar, enquanto reparava o quanto as salsichas de lata estão a ficar cada vez mais pequenas (bela técnica de marketing, sim senhor...), quando noto que em vez de 6, tenho... 5 salsichas e meia! Como eu acredito na política de que, para crescer, temos de conhecer e assumir os nossos erros, não vou estar com rodeios... Ó Nobre, então não bastava teres salsichas pequenas, agora também tens menos meia salsicha por lata? Isto é algum imposto por causa da crise, do qual eu não tenha conhecimento?
http://instagram.com/p/miuXRdJaB5/#

(desculpem a falta de formatação, escrevi com o telemóvel e não estou a conseguir formatar por aqui...)

19 de março de 2014

Porque é que tens umas bochechas tão grandes?

Este post é dedicado a todos os que sofrem, desde que nasceram, desse mal tão vilmente ignorado, a que se dá o nome de "bochechas rechonchudas".

Juntem-se a mim, pessoas com caras cheinhas e coradas, e vamos criar o Movimento "Apertaram-me as bochechas quando eu era pequeno e eu não gostei"!

Sim, porque todos os que possuem esta característica já foram com certeza atormentados por familiares e amigos, que usavam frases como "ah, que cara tão fofinha" para se aproveitarem e darem uns beliscões às suas vítimas... Já para não falar do jogo da "cabra cega" (e outros exercícios semelhantes, cofcof curso de teatro cofcof), em que as bochechas são uma grande ajuda para o indivíduo vendado identificar quem dele tenta fugir...

Só tenho uma coisa a dizer a essas beldades que não possuem tais protuberâncias na face: nós vamos ter sempre uma cara fofinha, mesmo sem fazermos plásticas, botox e tratamentos do arco da velha...

PS: adivinhem lá qual das bochechudas aqui ao lado sou eu?...

18 de março de 2014

Empregados de mesa ou Robots?

Hoje vou falar-vos de uma luta que eu venho a travar há muitos anos, e que acho que nunca vou ganhar...

A situação é a seguinte: na maioria das vezes que, num restaurante, café ou bar, peço uma garrafa de água, faço questão de dizer logo qual o tamanho que quero e se a quero fresca ou natural (p.e., "queria uma água de meio litro fresca, se faz favor").
O problema é que os empregados de mesa já funcionam em modo automático, por isso da minha frase eu creio que só ouvem "queria uma água". Isto porque, ainda antes de eu ter acabado o "se faz favor", já me estão a perguntar "meio litro ou 33?" e ainda "fresca ou natural?". Senhores, eu acabei de responder a isso! Porque é que tenho de dizer duas vezes a mesma coisa? Acaso têm um problema em ouvir frases completas? Ou já se transformaram em robots e não conseguem interpretar frases com tantos elementos?

E quem diz águas frescas e naturais, diz bifes bem e mal passados ou cafés curtos e cheios, ou ainda (inserir outros exemplos que eu agora não me lembro, mas de certeza que há mais)...

1 de março de 2014

Porque é que eu me esqueço das coisas? (ou não...)

Sabem quando vão à procura de alguma coisa e, a meio do caminho, esquecem-se do que iam fazer? E depois decidem voltar para trás e no caminho de volta já se lembram do que era?
Pois, eu levo isso ao extremo... Sou capaz de repetir o processo várias vezes seguidas, algumas das quais vou no caminho a repetir para mim mesma o nome daquilo que ando à procura.


É isso mesmo, para certas coisas tenho memória de peixe, mas o que me faz realmente confusão é o facto de outras coisas me ficarem na cabeça com uma facilidade incrível, como uma música, ou um texto interessante, ou um facto completamente inútil...


Por exemplo, sabiam que se colocassem Saturno numa piscina suficientemente grande, o planeta iria flutuar? E que bocejarmos tem como principal objectivo a entrada de ar fresco para arrefecer os vasos sanguíneos faciais de modo a manter baixa a temperatura do cérebro? E que em média, as pessoas piscam os olhos 15 vezes por minuto? 


Pois, são factos que não me servem para nada, mas que por algum motivo se "colam" aos meus neurónios sem eu dar por isso...

19 de fevereiro de 2014

O amor faz-nos parecer tolinhos... (revisitado)

(Andava eu a arrumar "tralha" no computador, quando encontrei alguns textos perdidos que escrevi há muito tempo atrás... Este foi um dos que me chamou mais a atenção... É incrível, passaram sete anos e, apesar de todas as cenas que aconteceram, não mudava uma palavra... O que posso dizer? Há certas coisas em que não tenho dúvidas...)

Hoje certas pessoas têm dificuldade em acreditar na durabilidade dos sentimentos, principalmente no amor... Já não acreditam que existam pessoas predestinadas, já não acreditam que podemos encontrar a outra metade, já não acreditam no “viveram felizes para sempre”... Enfim, falta-lhes um pouco de fé nelas próprias e no resto do mundo... Estão cada vez mais presas à terra, e com raízes tão profundas que já nem se tentam libertar... Dizem que é a sociedade que os faz assim, são as histórias que outras pessoas já viveram, as estatísticas que lhes chegam pelos media, o realismo que se vêem obrigados a seguir sabe-se lá por quem...  

Já não SONHAM!!! E já não VIVEM OS SONHOS!!!

Porquê? Porque deixámos de acreditar nas nossas capacidades de sermos felizes para sempre?
E atenção: o ser feliz para sempre não é o ser feliz sempre; todos temos momentos bons e momentos menos bons, mas estes servem para dar mais valor aos primeiros...
Mesmo assim, todos dizem “saber” que um dia vão acabar sozinhos, ou se vão divorciar, ou vão ser traídos/trair, ou qualquer situação semelhante... Ninguém diz “sei que um dia, daqui a muitos anos, ainda vou ser feliz com a pessoa que amo”...

Alguém me sabe explicar porquê? Mas uma explicação de coração, uma resposta interior, sem fundamento “científico”... O amor não deve ser uma ciência... porque se o transformarmos numa ciência tiramos-lhe a beleza, o misticismo, a simplicidade, e desprezamos a arte e a sabedoria de quem ama com todo o seu ser, de quem ama para sempre...

Já li algumas coisas sobre comportamentos internos do organismo e acção de hormonas que têm influência no amor, na paixão, no relacionamento a longo prazo, e mesmo assim não deixo de sonhar... Façam o mesmo... Nunca deixem de acreditar que um dia tudo será como sonharam... Não tenham medo de fazer planos... E se eles não derem certo, reciclem os vossos sonhos e neles vão encontrar força para começar de novo...

Chamem-me sonhadora, ingénua, iludida. Eu faço planos. Não tenho medo do que aí vem. Sei que não posso fugir. Mas não desisto do que quero. E luto. Até ao fim.

Ah, e eu amo para sempre. Mesmo sem saber quanto vai durar esse “sempre”.

13 de fevereiro de 2014

Dia dos Namorados (homens, isto é para vocês!)

Pensei fugir ao tema, mas acho que já estava na altura de um momento cliché neste blog...

O meu objectivo com este texto é ajudar os homens a compreender a importância do Dia dos Namorados para algumas mulheres (não posso falar por todas...) e, uma vez que neste momento não tenho um dito espécime com quem partilhar esta ideia, partilho com vocês!

Muitos indivíduos do sexo masculino dão pulos de contentes quando iniciam uma relação com uma mulher que diz que o Dia dos Namorados é uma festividade fruto do consumismo moderno. Os homens vêem nisto uma indicação de que não terão de celebrar esse dia, nem de comprar presentes, nem sequer de se lembrar que essa data existe... Errado!

Quando uma mulher diz que não dá importância ao Dia dos Namorados, ela pode querer dizer duas coisas: 
1) que não sente necessidade de fazer uma festa de arromba e receber um anel de diamantes para se sentir amada;
2) que está a enganar-se a ela própria para manter as expectativas baixas, de maneira a que se o namorado se esquecer, vai sentir-se menos mal.

Pois é, o Dia dos Namorados é como o Natal: todos criticam o consumismo exagerado na compra de presentes, mas depois ficam tristes se não recebem pelo menos uma prendinha simbólica da sua cara metade...

Por isso, homens, confiem em mim: vão fazer um brilharete se se lembrarem deste dia e o celebrarem com um gesto simples, bonito e com significado... Às vezes, uma flor é mesmo o suficiente...


PS: 10 pontos para quem perceber a imagem...

2 de fevereiro de 2014

Anotação rápida #2

Porque é que certas pessoas que acompanham uma série, novela ou sequência de filmes têm aquela necessidade de ler sobre o que vai acontecer a seguir? Para mim, saber o que vai acontecer tira todo o suspense (que em alguns casos já é pouco) do momento da "observação" da dita fita...

Não estou a falar em trailers que, se forem bem feitos, têm como objectivo captar a nossa atenção... Estou a falar daqueles sites/revistas/afins que contam o que se vai passar nos próximos episódios...

Por acaso, quando lêem um livro, também vão umas páginas mais à frente ver como vai decorrer a história?

27 de janeiro de 2014

Olhó piropo! (ou coisa do género...)

Ora, estava eu no meu caminho para o ginásio a pensar cá com os meus botões que devia parecer um chouriço por causa da quantidade de roupa que tinha vestida e que o efeito do ginásio não deve ser muito evidente quando te "enrolas" em roupa de inverno, quando passou por mim um carro com dois (passo a expressão) "labregos" com ar de quem nunca esteve a menos de 5 metros de um espécime do género feminino, que me gritaram «Queres boleia?». (desculpem lá a frase à Saramago...)

Nesse instante, apercebi-me de uma série de factos que me deixaram perturbada; aqui vão eles:

1) Ainda há quem use esse cliché? Será que ainda funciona?
2) Devo sentir-me lisonjeada por terem reparado em mim ou indignada por terem a lata de o fazer?
3) Tendo em conta o facto de estarem dois indivíduos no carro, só pode tratar-se de uma atitude de competição com vista a obter aquele certificado de "macho alfa" que tantos homens anseiam.
4) Das duas uma, ou sou muito feia ou fiz uma cara muito má porque eles seguiram caminho a toda a velocidade...
5) Será que era alguém que eu conhecia?... uhmm, espero que não...
6) Vais parar ao meu blog, ah vais...

Portanto, senhores "labregos" do carrinho a grande velocidade, não quero a vossa boleia, obrigado por perguntarem, para a próxima fiquem para ouvir a resposta... não sei é se vos vai agradar...

26 de janeiro de 2014

Anotação rápida #1

Sabem aquele momento em que passamos por um acidente e, mesmo sabendo que pode ser grave, não conseguimos desviar o olhar?
Ou o instante em que vemos um título macabro numa notícia e não descansamos enquanto não a lermos?

Pois... Alguém me consegue explicar essa curiosidade mórbida pela desgraça alheia de que todos nós padecemos? Gostava de perceber...

22 de janeiro de 2014

Em média, existem 178 sementes de sésamo em cada pão de Big Mac...

Pois é, hoje vou falar num assunto muito interessante e muito polémico ao mesmo tempo, uma vez que pode ser muito útil mas também pode ser bastante manipulado... isso mesmo, estou a falar das estatísticas! 

Estava eu a ouvir uma notícia há uns dias atrás sobre segurança rodoviária quando me apercebi que nenhum dos valores estatísticos mencionados faziam qualquer sentido. Não que estivessem necessariamente errados, mas a informação que estava a ser transmitida não era suficiente para tirar qualquer conclusão sobre o assunto.
Foi nessa altura que me senti um pouquinho mais inteligente e, ao mesmo tempo, a levar figurativamente com areia nos olhos... tanto tempo a estudar Probabilidades e Estatística na faculdade estavam finalmente a servir para eu perceber o poder das estatísticas na minha vida...

Quantos de nós já partilharam com alguém a leitura daqueles artigos com estatísticas curiosas sem, no entanto, verificar se estas têm algum fundamento?

Não se deixem enganar! Vamos lá deixar de ser um povo ingénuo que se contenta em saber meia dúzia de factos engraçados e começar a analisar as estatísticas que nos entram pelos ouvidos adentro só para nos calar ou fazer mudar de opinião...

15 de janeiro de 2014

Interlúdio existencial #1

Ando sem dúvidas... Não, não é por ter muitas certezas, é simplesmente porque não me tenho perguntado nada... Ou não me têm perguntado nada...
Preciso que me perguntem alguma coisa, preciso de conversas desafiantes, de devaneios filosóficos, de questões nunca antes elaboradas...
Preciso de pensar e, sobretudo, de pessoas que pensem comigo, que se entreguem à batalha dos diálogos provocantes, que firam as minhas teses e teorias mais vincadas com palavras acutilantes...
Preciso de pessoas, não de gente; preciso de perguntas, não de respostas...
Não me quero conformar, não me vou conformar!
...

Ando sem dúvidas e, no entanto, as poucas que tenho já pesam tanto...

9 de janeiro de 2014

É mesmo à portuguesa #4

                                       Não entendi patavina
Esta expressão tem duas possíveis origens. A primeira, diz que, há muitos anos atrás, os portugueses não conseguiam entender o que diziam os frades italianos provenientes da cidade de Pádua, os patavinos, dizendo então que “não entendiam patavina”. A outra história fala em Tito Lívio, que era um historiador romano nascido em 64 A.C.; este tinha o hábito de registar as suas obras usando palavras do dialeto da cidade onde nascera, Pádua (que na altura se chamava Patavium), e não o latim, que era mais comum na altura; por esse motivo, muitos italianos não conseguiam entender o que o historiador escrevia. Hoje em dia, esta expressão é usada para descrever alguém que tem dificuldade em entender alguma coisa.

2 de janeiro de 2014

Carta ao Pai Natal... ou então não...


Pois, eu sei que o Natal já passou... E não, não vou usar o cliché de dizer  que “o natal é quando o Homem quiser”... Na verdade, a reflexão que segue deriva de uma conversa que tive na passagem de ano e que me deu vontade de vir aqui e escrever um pouco...

Voltando ao título... Não me recordo sinceramente de alguma vez ter acreditado no Pai Natal. Na minha casa, tínhamos uma versão mais católica e por isso consideravam-se as prendas como uma oferta do “Menino Jesus” e não oferecidas por um homem barbudo vestido de vermelho...
É possível que a certo ponto até tenha acreditado neste mito natalício – nota mental: perguntar aos meus pais! – e que agora não me lembre, mas acho pouco provável... É que desde pequena sempre tive uma mente muito científica, procurando o porquê de tudo o que acontecia à minha volta. Ora, para já não cabia na cabeça de ninguém que uma pessoa que não me conhecia, que nem conhecia os meus gostos, me desse um presente que eu tanto desejava e que o fizesse com todos os meninos e meninas que eu conhecia... Em segundo lugar, como é que o Pai Natal conseguia distribuir tanto presente em tão pouco tempo? É que já nem digo em 1 noite, porque eu via os meus presentes debaixo da árvore uma semana ou mais antes do Natal, mas vá, em 1 mês...? Então e os Pais Natais todos que eu via nos centros comerciais? E nem vamos falar da história da chaminé, porque a não ser que ele conseguisse descer por um exaustor, não o estava a ver a conseguir entrar em minha casa...
Enfim, quando finalmente percebi o simbolismo da troca de prendas (derivada da história de S. Nicolau) tudo começou a fazer mais sentido. Porém, acho que nessa altura decidi fazer um favor a muitos colegas e amigos e não revelar a mais dura das verdades que existe para uma criança cheia de sonhos ...

Fico a pensar, se algum dia tiver filhos, como vou conseguir fazer com que eles acreditem numa coisa que eu nunca(?) acreditei... Ou se vou querer que eles acreditem nisso... Se calhar, faço como o Kevin do “Sozinho em casa” e digo-lhes que Pai Natal só há um, mas que os outros (homens barbudos e pais babados) trabalham para ele...

E vocês, quando deixaram de acreditar no Pai Natal?